E viva a vida em república!
Júnior está sozinho na manutenção da Hortoca, mas a Natureza está dando frutos pra todos, inclusive pra mim, que não moro mais aqui faz tempo!

Caixas de feira são a base. Mas como os vãos entre uma tabuinha e outra são grandes, completamos a caixa com mais tábuas.
Terra foi peneiradada e medida. Sim, Régis cortou o cabelo.
Usamos cinco medidas de terra pra uma de cal, uma de areia, uma de cimento, água conforme a necessidade e fibra de bambu pra dar a liga depois na jardineira.
A cal é cruel: tranca a garganta.
Cal com terra: musculação.
Cal com terra e água: um nível mais puxado de musculação.
Massa de cal com terra, água e fibra: só para quem tem fibra.
"Meter a mão na massa" seria "bobinho", porque a cal não faz bem pra pele. Como não temos mais as luvas que a Renata usava pra lavar louça, usamos sacolas de supermercado mesmo.
Descobri que se não amarrava a sacola no punho, eu sujava menos a mão, porque eu não rasgava o plástico fino da sacola. Cada qual com os seus caracol.
Revestimos a estrutura de madeira das caixas de feira reforçadas com a mistura de terra que fizemos.
Voilá! Ela vai secar por umas duas semanas, rachar algumas vezes e ser remendada por algum de nós e então nos servirá de jardineira. Insisto em lembrar que Régis, Renato e Andréia trabalham com isso e podem ser contactados através do Equilibrius (http://www.equilibrius.com.br/).
Junior e Ruy tinham feito a estrutura de bambu. Serraram, cortaram, furaram, praguejaram, arroxaram arames, testaram a armação e se deram por satisfeitos. Fui chamada pra substituir o Ruy e puxar o plástico sobre a estrutura. Cortamos dois sacos de lixo ao meio e grampeamos o plástico no bambu.
Agora pode chover à vontade, que a gente não vai mais sair correndo pra tirar a composteira da chuva.



Plantamos salsinha, cebolinha, orégano, coentro, manjericão, tomilho, alecrim, hortelã, malva, cavalinha, carqueja, alface, cenoura e rúcula nas garrafas pet. Nos canos de PVC plantamos tomates, alface, beterraba, cebola e alho. No vaso plantamos guaco, poejo e camomila. No jardinzinho da frente de casa plantamos boldo e tanchagem.
Kenia e eu cortamos as garrafas pet e as lavamos.
Régis, Jana e Du cortaram os arames que vão sustentar as garrafas pet no bambu e os dobraram conforme os buracos nas garrafas.
As mãos do Du.
Renato fabricou ferramentas de furar plástico: um prego espetado num pedaço de bambu que é levado à chama do fogão. O prego quente é inserido no plástico da garrafa pet e faz o furo.
Andréia coordenou a furação dos pratinhos que vão embaixo das garrafas pet. Retiramos os elos de uma corrente pra juntar os pratinhos com a garrafa.
O cheiro de plástico e bambu queimado não é muito bom.
Primeiro vem uma camada de pedrisco, depois uma manta de - sei lá o que era aquilo - depois areia, depois a terra. Quando estávamos prontos para colocar a terra nas garrafas, lembramos de furar os fundos das garrafas, pra água escorrer. Falha de planejamento.
Misturamos terra, humus e composto.
Pronto, enchemos as garrafas de terra boa.
A cada dois dias levamos um pote de sorvete cheio de lixo orgânico pra composteira. Quem leva o lixo deve retirar a grama que cobre a composteira, adicionar o lixo novo, picar as coisas maiores e remexer tudo, pra formar uma massa homogênea. Pra coisa não empastar, adicionamos um pouco de serragem ao bolo. Depois é só cobrir, pra que o sol não resseque a composteira, matando as bactérias que estão processando o lixo orgânico. Essa composteira é aeróbica, ou seja, precisa sempre ser remexida, pras bactérias terem oxigênio. Minhoca não sobreviveria na composteira, porque a temperatura do composto é alta.
Às 8:00 tava todo mundo de pé na Oca. Régis, Renato e Andréia vieram pra implementar a horta na Oca. Ruy, Jana, Du e Chico vieram participar do plantio. Começamos com um alongamento, pra acordar.
Saca só o maracujá tomando conta da paisagem do quintal! Renato e Andréia ouvindo o Régis falando sobre o solo.
Junior, Caldo e Kenia.
Composteira no centro das atenções.
O Projeto HortOca é o piloto do Projeto Canto da Horta, desenvolvido pela equipe do Equilibrius de Campinas. A idéia é implementar e cultivar uma horta (vertical) sustentável numa casa de cidade. Isso significa ter o custo mais baixo possível, usar o mínimo de espaço, aprender sobre a terra, as plantas, plantar e colher alimentos e divulgar a idéia. Nós usamos garrafas de refrigerante, canos de PVC, bambu, arame, pedrinhas, areia, humus, um pouco de terra e composto da nossa própria composteira. Plantamos ervas pra fazer chá (poejo, carqueja, hortelã etc.), pra usar como tempero (salsinha, cebolinha, alecrim etc.) e verduras (cenoura, alface, rúcula).