sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Último dia útil das férias

Como professora universitária sem cargo no MPI, tenho direito a 45 dias de férias. Concordei com o meu chefe que seria melhor tirar muitos dias de férias no início do ano, quando as coisas andam mais devagar mesmo, então pedi 30 dias em janeiro (do dia 02 ao dia 31). 

Tivemos contratempos, desconfortos, improvisos e muita adaptação em João Pessoa (PB) e depois em Pirambuzios (RN) e ficamos de certo modo aliviados de voltar pra casa. De fato, a parte mais confortável das férias foi aqui em casa: encontramos escola pra Agnes e tivemos a última semana de janeiro pra nós. Luis e eu dividimos o escritório nessas manhãs: eu estudando adaptações dO Alienista (conto do Machado de Assis) para os quadrinhos e Luis colocando o trabalho em dia. Depois da escola, temos ido na quadra em que mora um amigo da Agnes e observado as crianças brincando ou ido na nossa quadra mesmo, ver Agnes interagindo com as crianças e cachorros daqui.

Semana que vem volto a bater ponto e a ter que deixar qualquer atividade de limpeza/organização da casa pro fim de semana.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Escola nova de novo

No final do ano passado, decidimos que Agnes não continuaria na escola em que estava. Depois da Escola da Árvore, a Vivendo e Aprendendo foi uma ótima acolhida pra Agnes. Nessa escola, ela aprendeu a subir em árvores, sempre voltava suja de terra pra casa, desenvolveu bons projetos, teve ótima relação com os educadores e fez boas amizades. Mas não tínhamos a sensação de que Agnes experimentava uma escola. Não havia prova, boletim, tarefa de casa, caderno, educação física: o centro eram as relações interpessoais, as rodas, os combinados, o grupo. Agnes se desenvolveu bem no tempo em que esteve na Vivendo, conhece todo mundo e é lembrada por todos com carinho.

Procuramos nas escolas públicas, tentamos matriculá-la numa escola de bombeiros e visitamos várias escolas confessionais (católicas). Decidimos por uma escola que oferece ensino integral, que aposta tanto em esportes como em conteúdos curriculares, que não é confessional e que nos deu desconto na mensalidade.

Hoje foi o primeiro dia de aula dela. Estávamos todos ansiosos. Chegar na escola no horário combinado não foi simples, mas conseguimos. A partir deste ano, a escola decidiu que os pais podem almoçar com as crianças no restaurante. Fomos os dois lá, ver como ela estava. Radiante. Uma mãe veio nos contar que seu filho e Agnes já eram amigos. Tínhamos esquecido a lancheira da tarde, mas conseguimos providenciar o aplicativo da cantina. No decorrer da tarde, o aplicativo informou que ela tinha conseguido o que queria na cantina. Fomos os dois buscar a criança no fim da tarde. Feliz. Ironicamente, a escola se chama Seriös.

domingo, 19 de janeiro de 2025

De volta

à nossa cama dura

ao nosso carro que não arranha embaixo nas lombadas

a uma cidade toda verde

ao CEASA

às nossas coisas de cozinha  

a não ter que comprar água

a um "fuso horário" em que não amanhece antes das 5h e escurece às 18h


quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Mundo maravilhoso dos corais

A foto não mostra o brilho das cores entre verde e azul e os olhos no rabo. Esses peixes são tipo pavões.
Agnes surpreendeu mais uma vez com suas habilidades de pescadora. Pegou um peixinho tigrado e um baiacu.




quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Maior cajueiro do mundo

 

Precisaria de um drone pra fotografar o cajueiro inteiro. E a imagem revelaria uma copa quadrada, ocupando um quarteirão limitado pelas ruas em que passam carros. 
Paga-se ingresso pra andar dentro do cajueiro, mas é o valor de um picolé.
As duas atrações do local são o mirante de onde se vê a copa e o tronco principal. Pena que não se alcança nenhum dos frutos amarelos, mas o cheiro da flor é bem presente.
A feira de artesanato é do lado e lá achei castanha de caju torrada ontem, paçoca e docinho de caju.

Maré baixa, maré alta

 

De manhã a maré está baixa. Tem faixa de areia, tem barreira de corais/recifes, tem gente.

De tarde, a maré enche e as águas cobrem tudo. Eu fico me perguntando até quando essas casas todas na beira do mar serão poupadas. Porque tem duas coisas acontecendo: um terreno arenoso em constante erosão e o aumento do nível do mar.


Caravela

Em busca da Praia das Tartarugas, nos deparamos com uma caravela. Ela estava viva ainda e entramos num dilema: devolver ao mar um ser que pode queimar os surfistas perto dali?
 
Na água, entendemos que ela não tem lá muita autonomia sobre a direção a seguir. Entendi que ela é mais um pára-quedas redondo do que um peixe.

Mais adiante tinha muito siri e pouca gente.


terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Pirambuzios

Como lembrávamos de boas praias com piscinas perto de Natal, resolvemos mudar de estado nesses últimos dias de férias. 

Achamos o lugar ideal pra Agnes pescar.
E ela pegou um peixe sapo grandão e um baiacu.
As sardinhas não morderam a isca.
Luis segue cuidando do pé ferido, por isso Agnes teve que desenvolver sua autonomia de pescadora.
Finalmente acertamos o horário da maré baixa.

As piscinas são cheias de vida. É só parar um pouco pra perceber que tudo se move.


domingo, 12 de janeiro de 2025

Como lidar com ratos

A primeira notícia que tivemos de ratos na casa veio da proprietária que avisou por WhatsApp que as inquilinas anteriores tinham reportado ratos na churrasqueira. Nesse mesmo dia, vimos um rato andando entre a parede e as telhas (a casa não tem forro).

Avisamos que vimos o rato e o retorno que tivemos foi que deveríamos guardar as comidas na geladeira. Disseram que os ratos vinham do terreno vizinho. A proprietária da casa estava em outro estado. Reclamamos dos cocôs de rato pela casa e em cima da cama. Mandamos fotos, acharam que era sujeira que cai do telhado. Quando o vizinho ajudou a limpar cocôs de rato, acionaram outro rapaz que faria a dedetização.

Tinha sido marcado 8h pro rapaz colocar veneno. Às 9h ele ainda não tinha chegado. Passamos o restante da manhã fora e quando voltamos, o vizinho tinha matado 3 ratos que estavam numa caixa na lavanderia. O rapaz do veneno não tinha vindo. Todo mundo achou que tinha acabado.

No dia seguinte, achei um rato morto e coberto de formigas na lavanderia. O vizinho enterrou o rato. De tarde, quando retornamos da praia, tinha outro rato no chão. Luis deu uma paulada nele e o pai do vizinho recolheu. De noite, o marido da proprietária me ligou e durante a conversa avistei dois ratos: um passeando embaixo das telhas, outro na churrasqueira. 

Ofereceram de a gente mudar pro chalé (também deles) que fica depois do jardim ainda naquela mesma noite. Acionaram a moça que limpa o chalé e mudamos. A dedetização seria reforçada.

Na manhã seguinte, o vizinho estava tirando dois ratos mortos do telhado.

O chalé é um quarto com banheiro. Levamos o dia seguinte pra desocupar a casa e nos alojar no chalé. A proposta da proprietária era que voltássemos para a casa dia 13, porque o chalé estava reservado pra outras gentes. Como não sabemos quantos ratos ainda restam nem onde está o veneno, preferimos sair daqui amanhã e pedir reembolso dos dias não usados.

Entenderam, concordaram, pediram minha conta pra transferência e que eu desse o valor a ser reembolsado. Dei e em seguida vieram mensagens da plataforma Airbnb informando que o reembolso seria feito e que o valor era menor do que eu tinha calculado (claro). Entendi que se a proprietária recorreu à plataforma pra encerrar a nossa reserva, é porque quer alugar a casa pra outras pessoas. 

Quem são os ratos nessa história? Melhor ir embora mesmo. Não fomos antes porque as irmãs Nobrega e seus filhos estavam aqui e Agnes teve boa interação com as crianças.

sábado, 11 de janeiro de 2025

No coletivo

Ontem, no fim da tarde, encontramos uma família de 3 núcleos na Barra de Mamanguape: da Renata Nobrega (com Bia, Teresa e Tijolão), da Juliana Nobrega (com João, Helena e Chico) e do Lucas Nobrega (com Raul). Conforme a maré ia voltando, a argila aflorava e os caranguejos de poãs amarelas e vermelhas iam aparecendo. Agnes pegava na mão e mostrava pra criançada. Todo mundo chamava Agnes pra tudo.

Luis cortou o pé nessa brincadeira e todos concluíram que tinha cortado o pé na ostra. Não fomos no posto de saúde porque parou de sangrar depois que ele lavou a ferida. Na manhã seguinte, fui na farmácia comprar um monte de coisa pra tratar o corte e Luis ficou com o pé pra cima o dia todo. Agnes e eu passamos o dia lá, com o pessoal.

Agnes almoçou na mesa das crianças. 
Na hospedagem deles, tinha muito coco pequeno nos coqueiros que as crianças tentavam tirar todas juntas. Tentavam também abrir cocos achados no chão, arremessando-os contra o muro ou contra pedras no chão. 
Eu e quatro crianças fomos procurar a trilha pro mar. Ninguém sabia que o mar ficava logo ali. Mas a trilha até lá não era evidente. Voltamos com muitos cajuzinhos diferentes.
O rapaz que tinha vindo consertar uma peça reparou que tinha muito coco seco dando sopa e convidou as crianças a escolherem um coco que quisessem. Quatro crianças pegaram um coco cada e foram enfileiradas atrás do homem. Voltaram saltitando com coco branquinho e a ferramenta de abrir cocos. Formaram nova fila pro Lucas abrir novos cocos.
Antes do fim do dia, a tia Nobrega decidiu procurar a trilha até o mar. Chico ponderava, avisava do perigo de cobra, mas as crianças escolheram acompanhar a tia. E lá fomos nós, até o mar.
Quando olhamos pra trás,  reconhecemos o Chico.
E pouco antes de chegar em casa, topamos com o Lucas na trilha. Os adultos que viram o mar hoje devem-no às crianças!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Passeio na restinga

As nuvens pesadas nos trouxeram de volta da exploração da restinga. No caminho encontramos e coletamos uma borduna, pitayas e cajus pequenos amarelos.

Luis comentou que Agnes será uma coletora. Já é. 

A maior parte das pitayas está já aberta. Tivemos sorte de encontrar pitayas fechadas.  
Olha a cor do mar no contraste com o céu carregado.
Melhor caju que Agnes comeu hoje.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Passeio de barco


Ontem fomos à barra (onde o rio entra no mar) à procura de peixe fresco e compramos sardinhas de um homem que nos ofereceu passeio de barco na manhã seguinte. Combinamos 7h30, mas chegamos antes dele. 
Primeiro ele nos levou nos corais (eu diria que são recifes), que seguram as ondas do mar. Na maré baixa, pudemos subir e ver peixinhos tigrados, azuis, maiores e menores, além de ouriços.

A rede laranja da Agnes foi muito usada por todos (menos eu) e virou "puçá" na mão do pescador.
Na volta, tudo isso estava coberto pela maré alta.
Seguimos de barco até uma aldeia potiguara, onde tinha um banho de lama preta que preferimos não tomar.
No mangue, fomos atacados por mutucas (parece mosca, mas pica e dói). 
Ninguém conseguiu pegar o siri.
Nem os caranguejos.

Almoçamos na aldeia Camurupim e voltamos pra tirar a siesta.

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Barra de Mamanguape

Por vias não asfaltadas, mas com nome de PB, chegamos.
Depois do burburinho de Cabo Branco, achamos um lugar em que os mercadinhos são bodegas, o caminho ao mar é pela restinga, a praia é limpa e deserta e os galos nos acordam cantando.
Agnes está juntando diversos tipos de caju.
 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Comer o que pescou

Agnes tinha essa insistência de comer o peixe/caramujo/siri que pescou/pegou. Mas o siri foi tão difícil de comer, que ela concluiu que pegar é mais legal que comer.