Antes de ir ao evento de retorno do manto, ou seja, no início de setembro, soube que um dos (dois) assessores da Assessoria Internacional do MPI tinha sido chamado pela Ministra pra trabalhar diretamente no gabinete e que o Chefe da Assessoria estava levemente desesperado com o volume de trabalho e a falta de gente pra ir nas COPs, fazer articulação etc. Me ofereci, ele ficou feliz, mas pediu que eu acertasse com o meu chefe.
No mesmo dia, desci, conversei com o meu chefe imediato, o diretor do departamento, e com a coordenadora de políticas linguísticas (com quem eu tenho feito a dobradinha aqui no MPI) na mesa redonda sobre a minha decisão de sair da SEART e ir pra ASSINT. Eles entenderam e avisaram que o processo tinha que ser formalizado por quem me requisita (ASSINT).
Subi de novo e informei que precisava abrir um processo SEI solicitando a minha movimentação. Dei meus dados e esperei. Mas o chefe da assessoria internacional tava com tanta coisa pra fazer, que o tal do ofício de lá pra cá só saiu na primeira semana de outubro. O secretário da SEART se surpreendeu e quis chamar para uma conversa, anunciando que com a licença maternidade da secretária que ele substituía, a gestão da SEART mudaria. Expliquei que a assessoria internacional me interessava mesmo. O processo tramitou com agilidade nos dois dias seguintes: eu manifestei interesse em mudar para a ASSINT, meu chefe manifestou anuência, mas o processo não saiu da caixa da SEART.
Meu chefe imediato entrou em férias e foi determinado (o secretário combinou com o chefe de gabinete) que eu ficaria até o homem voltar das férias, no fim do mês, pra não desfalcar o departamento. Fiquei muito brava, conversei com o secretário e a dificuldade de encontrar pessoas qualificadas para assumir o meu cargo de assistente foi colocado. Ficando por mais duas semanas, ele ganharia tempo para encontrar alguém.
Uma semana depois, fui informada que estava liberada e que o processo tinha sido despachado para o setor de pessoal. O processo voltou a tramitar, mas parou na Secretaria Executiva. Subi, fui falar com o assessor a quem o processo estava atribuído. Ele explicou que só precisava sentar com o Secretário Executivo pra fechar e que havia uma lista de movimentações no MPI que precisavam do aval dele. Enquanto conversávamos, o telefone dele tocou e alguém informou que o despacho com o Secretário Executivo tinha sido cancelado.
Entendi que eu precisava fazer algum ritual pra sair da SEART e ir pra ASSINT. Estava anunciado pra hoje o Café SEART, para o qual cada um contribui com alguma coisa. Fiz um bolo de chocolate com damasco e nozes. Assim que cheguei com o bolo de manhã, avisei que era o bolo da despedida. Depois anunciei na roda que eu esperava que assim que o bolo fosse todo comido, se destravasse o processo SEI e que eu pudesse assumir outra pauta. O pessoal, solidário, ajudou a acabar com o "bolo do despacho" rapidinho.
Quando meu chefe veio e apertou a minha mão, quebrou o meu anel de tucum. Eu entendi como um sinal.Por enquanto o meu ritual ainda não teve efeito. Mas hoje é dias das bruxas!