Para a Agnes, a música mais convincente que tem no meu pendrive que fica no carro é Bicho de sete cabeças na voz de Zeca Baleiro. Porque ela consegue imaginar um bicho de sete cabeças quando ouve tantas vozes cantando a mesma música.
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
Bicho de sete cabeças
quarta-feira, 28 de setembro de 2022
Neurolinguística na Roseta
Aí tropecei no texto da Bianca + Elenir e Cechella (2020) que me deram uma visão mais panorâmica do caso e inclusive da terapia pela qual "Liliane" passou. Bianca articulou o pessoal da informática pra desenvolver um aplicativo para uma pessoa afásica que escrevia no celular. Essa história tinha que sair do nicho especializado.
Fiz o curso de popularização da ciência pela UFABC e entreguei como trabalho final uma versão desse texto que foi publicado agora na Roseta. Achei bem legal que @s avaliadora/es interferiram no texto, me ajudando a pensar tanto a afasia como a popularização.
sábado, 24 de setembro de 2022
Amar e mudar as coisas
A energia e coordenação musical e corporal dessa mulher são impressionantes! Vi o Ney Mato Grosso inscrito nela. Ela reinventou o Belchior e o trouxe pra nós de forma compreensível. Não precisa de campanha política: os eventos culturais indicam o caminho. "Estamos todos vivos - e vacinados", "Amar e mudar as coisas".
O público puxou olê olê olê olá... Lu-la em uníssono. Pra Porto Velho, isso é surpreendente.
sexta-feira, 23 de setembro de 2022
Conversar com mulheres
Samilo é o novo editor da EDUFRO desde 01 de setembro. Como grande parte do trabalho é burocrático, estou ajudando o Samilo a se situar nos contratos, procedimentos etc. A empresa terceirizada que fazia os livros da editora decidiu não prorrogar mais o contrato e então o Samilo precisa começar um novo processo de contratação (licitação) de terceirizada. Antes de fazer Termo de Referência e essas coisas, a gente queria saber qual era o nosso teto de gastos, já que é a universidade que subvenciona os livros.
Marcamos reunião com o Pró-Reitor de Planejamento e lá fomos nós. Samilo começou a conversa como editor, mas logo se perdeu nas anotações no caderno e passou a bola pra mim. O homem do outro lado da mesa não olhava pra mim. Samilo passando páginas, eu explicando e o Pró-Reitor me interrompendo. Ele se perguntava se era mesmo necessário contratar os serviços de uma empresa terceirizada pra fazer um livro. Eu respondia, Samilo olhava pra mim e o homem perguntava se o Samilo tinha compreendido os cálculos que queria fazer. Enquanto Samilo sorria, eu fui tanto interrompida na fala e ignorada pelo olhar que comecei a controlar o riso.
Eu entendi que até então o homem do outro lado da mesa tinha sido um professor do interior do estado de Rondônia que agora ocupa alto posto na gestão da universidade e estava preocupado em entender como isso funciona. Só que a forma de entender como a coisa funciona não era ouvindo os outros - ao menos não a mulher na frente dele.
Fiquei lembrando da Laura, mãe do Mathias, contando que o obstetra dela não falava com ela, sequer olhava pra ela durante as consultas, mas se dirigia o marido dela.
quarta-feira, 21 de setembro de 2022
O que pode essa língua?
Essa é a primeira coleção de popularização da Linguística em forma de livro lançada pela ABRALIN em parceria com a Mercado de Letras. Quando eu entrei no Projeto, já havia sido realizada uma primeira triagem dos livros submetidos em edital na ABRALIN. Raquel Freitag, Luana De Conto, Rogério Modesto e Monique Amaral de Freitas já tinham selecionado 4 livros para seguirem o processo editorial.
Uma coisa é o manuscrito submetido, outra coisa é o livro. O manuscrito é o texto, o livro é resultado do trabalho articulado de muita gente.
Eu fui convocada para convidar pareceristas a lerem e comentarem os livros que já tinham sido aprovados, pra ajudar o autor a melhorar o livro. Cecília Farias de Souza e Luciana Storto leram um livro sobre línguas indígenas (que não seguiu o processo de editoração: o autor desistiu. Viu? Muita coisa acontece durante o processo); Ivo da Costa do Rosário e eu lemos o livro do Luisandro Mendes (amarelo); Luana De Conto e Oriana Fulaneto leram o livro do Hélio Oliveira (azul) e Monique e eu lemos o livro da Luisa Godoy (laranja). Em abril de 2021 os livros foram enviados pra Mercado de Letras.
Vou ler de novo, porque o livro certamente é diferente do manuscrito.
sábado, 17 de setembro de 2022
Ocupação Miraflores
A ideia (que tinha surgido na preparação do Grito dos Excluídos e das Excluídas) de ocupar locais públicos e promover um sarau transcendeu o evento e virou prática desse grupo de pessoas.
Quando chegamos lá, encontramos colegas da UNIR e ficamos conversando. Márcia reparou que tinha poste de luz na ocupação, o que é sinal de que a ocupação é antiga. 7 anos as famílias já estão lá e agora vem a ameaça de despejo. É uma ocupação internacional: o pastor é peruano, tem boliviano, venezuelano e haitiano além dos brasileiros.
Teve música (muito) boa, poemas, oficina de pintura para as crianças, hot dog e suco, depoimentos, contação de história e um show de carimbó protagonizado pelo casal amazônida Thaís e Isaque. A música - que se ouvia de longe - foi trazendo gente, a dança segurou o povo lá e agora o próximo evento cultural será o 12 de outubro.
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
quarta-feira, 7 de setembro de 2022
7 de setembro na rua
Pra preparar o 28º Grito dos Excluídos e Excluídas houve ontem um encontro ecumênico na comunidade luterana de PVH. Conversamos muito com Olavo Nienow e sua filha porque temos uma família de amigos em comum: Roberto e Lori com os filhos. De noite eu sonhei que entrava em outra família.
Hoje foi dia de manifestação. O trajeto passava pelos locais de poder (Palácio do Governo, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa) e símbolo da cidade: a praça e o rio.
Agnes teve o seu cartaz muito elogiado e ela se orgulhava em explicar que ela tinha desenhado uma mulher que é pra ser todo mundo e uma árvore que é pra ser a natureza.
terça-feira, 6 de setembro de 2022
Os livros esperam
O meu primeiro emprego de gente grande é aqui na UNIR e foi com um dos primeiros salários que comecei a adquirir as obras completas do Sandman. São 4 no total, mas eu não li nenhum deles ainda: a estante foi perdendo peças e uma solução que encontrei foi fazer esses livros-tijolo (o Toda a Mafalda, na prateleira de cima, cumpre a mesma função) se integrarem à estante.
Estou vendo a série Sandman pela Netflix antes de abrir os livros... que aguardam a próxima mudança para serem aliviados da função de sustentar os livros da prateleira de cima.