terça-feira, 24 de julho de 2018

Mãos

Mamãe, eu fiz mãos!

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Seca florida

Caju crescendo
Aqui a umidade relativa do ar, que normalmente gira em torno de 85%, está em 40%. Mesmo com a seca, tudo está florindo. Os ipês exibem suas cores vibrantes (branco, amarelo e roxo: todos ao mesmo tempo), as sucupiras se destacam na mata, as mangueiras estão em flor.
Vinagreira, que vira chá de hibisco
 A vinagreira está cheia desses botões - que descobrimos ser a base do chá de hibisco.
Mangas temporonas
A mangueira desenvolveu algumas mangas isoladas, na face voltada pro muro da Vila (onde pega o sol da tarde). Nos anos anteriores, esse lado era o último a desenvolver flores e frutos. Agora inverteu.
A mangueira está com nova folhagem e flores
Os maracujás estão em botão de flor. Já dá pra adivinhar que as flores serão roxas, o que pra mim é indicativo de maracujá azedo. Luis não tem dúvida de que esse maracujá é doce. Os frutos dirão.
Maracujá na pérgola
Alegria maior é a pitangueira que está dando pitangas. Nunca consegui acompanhar nenhum pé de pitanga que eu tenha plantado: fiquei muito pouco tempo nas casas em que os plantei.
Pitangas!

domingo, 15 de julho de 2018

Férias redux

Rio Pacaas Novos (escuro) junta com o Mamoré
(que faz a divisa entre Brasil e Bolívia)
Cheguei em Porto Velho às 4 da manhã. Acordei às 8h com todo mundo e me pus a fazer as malas pra viagem seguinte. Luis tinha sido convidado pra dar um minicurso em Guajará-Mirim. Dirigi até deixarmos a BR 364; Luis assumiu o volante na BR 425. Pouco antes do rio Mutum-Paraná (onde Nicinha foi assassinada), um trecho longo estava em obras. 4 anos depois da cheia histórica, o risco do reservatório alagar a única via terrestre que liga Rondônia ao Acre fez com que realizassem obras de alteamento da BR.

Encontramos o local em que todos esperavam pelo Luis (atrasamos) e Agnes e eu seguimos pro Palafitas Pakaas. Luis chegou de noite, de táxi.
Cabanas sobre palafitas
A paisagem é linda. Na frente da piscina, o encontro dos rios. Na frente da cabana, o Mamoré. Fixamos o olhar na margem e vimos o que parecia uma cobra (mas era poraquê) e vários peixes saltando ao redor. Demoramos a entender que se tratava de um peixe elétrico. Tinha muito boto se mostrando, alegrando a pequena Agnes e nós também. Depois de um almoço farto, Luis anunciou que se deitaria por meia hora. Levantou da mesa e se foi. Voltou correndo, nos mostrando o jacaré grandão que descia o rio com a correnteza.
Subindo as rampas
Não acreditamos em Matita Pereira, Curupira ou Saci, mas o celular do Luis sumiu inexplicavelmente. Reviramos a cabana e o chão, 3 ou 4 metros abaixo.
Passando protetor solar
O plano era ir pra Bolívia (de novo, ficou só no plano), mas parece que quando a gente faz planos, meramente visualiza possíveis cenários. Quem diz quais planos são exequíveis é a Agnes (e quantas horas de sono ela precisa). Então não fomos pra Bolívia, mas subimos a serra que tem antes de Guajará-Mirim. Segundo o taxista que trouxe Luis, a serra já tinha sido um local nobre, com restaurante badalado e tal, agora era um lugar abandonado. Luis lembrou do Narcísio dizendo pra ele que tinha cactus interessantes nessa serra (porque da outra vez que viemos ao Pakaas, foi depois de uma dedetização em casa, e passamos no Narcísio antes de ir).
Pequena trilha na serra antes de Guajará-Mirim. Início.
Luis se esforçou muito pra encontrar o cactus, mas não achou. Trouxe outras plantas pra casa.
Final da trilha
Antes de partir pra casa, passamos na casa do taxista pra comprar gasolina da Bolívia. É barata, mas não é boa (gastamos o tanque todo nos 300 km).

quinta-feira, 12 de julho de 2018

CCO Uff

Descobri um seminário de um Grupo de Pesquisa em Conectivos e Conexões de Orações. Achei a ideia tão genial, porque acabei me dando conta de que uma das coisas que confere conexidade a uma oração é a concordância verbal - e os dados de escrita de surdos que eu andava coletando tinham milhares de verbos no infinitivo. Conectivos são tipo preposições e conjunções - que são bem raras na escrita dos surdos cujos dados eu estava coletando no grupo de whatsapp da turma deles.

O Seminário do CCO aconteceria nos mesmos dias que o GEL - tradicional GEL que eu gosto tanto de frequentar. Preferi o CCO por ser específico e pequeno.

Antes da viagem, Luis teve sérios problemas de saúde, perdeu 5 kg em 4 dias. No dia mesmo da minha viagem, foi ao hospital e fez ultrassom - pra sabermos o que ele tinha. O ultrassom revelou que o fígado dele estava muito grande e que é hora de parar de comer tanta carne. Fui pro aeroporto me sentindo muito egoísta, já que ele ainda estava fraco pra cuidar da Agnes.
Achei no site do CCO
Não me arrependo de ter vindo, porque gostei muito do fato de todo mundo estudar mais ou menos a mesma coisa, fazer parte do mesmo Grupo de Pesquisa e se ajudar (muitos estudantes). A coisa do tempo eu também achei legal: as comunicações não começavam no horário marcado, mas depois que as mesas redondas (que antecediam as comunicações) acabavam. Todo mundo ficava junto. As referências a falas anteriores eram frequentes.
Achei na página do CCO
Mas infelizmente não deu pra discutir o meu trabalho. Apresentei pra debatedora, pra moça gerativista de indígenas que apresentou antes de mim, a monitora e o orientando da debatedora. E a debatedora ficou querendo me ensinar coisas que eu apresentei, ficou levantando hipóteses implausíveis sobre os meus dados (que os surdos são bilíngues, que o que se escreve no whatsapp não é português, mas um pidgin - combinação de 2 línguas, tipo chico prosa). Tive que explicar o trabalho pela segunda vez pra ela.

As vaidades. Percebi as minhas também. Somos ensinadores - mais ou menos gentis.

domingo, 1 de julho de 2018

Festa junina

Primeiro veio o convite pro arraial na agenda da escola. Depois veio o aviso de que as crianças devem ir à festa vestidas à caráter. Depois veio bilhete dizendo que já podíamos adquirir uma mesa na festa.

Nos preparamos para a primeira festa junina da escolinha. Comprei uma jardineira que diminuí pela metade. Quando Agnes experimentou, deu certinho. Chegamos no local da festa pouco antes da turma de menores que a Agnes começar. Daí foi a vez da turminha dela. Apesar de ter perdido grande parte dos ensaios (ela dorme depois do almoço; às vezes o almoço atrasa e ela chega na escolinha às 16h), ela se posicionou no centro e seguiu a coreografia bonitinha.
Mas aí ela achou que tinha muita gente ocupando o círculo amarelo no centro. Filha única precisa aprender a dividir. Essa é uma grande tarefa pra nós, pais.