Marcelo e eu saímos de casa cedo, pra resolver um assunto no centro. O trânsito na BR estava lento. Entrei numa rua que eu costumava usar quando a Jatuarana cruzava a BR. O carro que vinha na BR atrás de mim me seguiu. No cruzamento da segunda quadra, ignorei a placa PARE. Vi uma caminhonete vindo em alta velocidade. Acelerei. Ela freou. Colidimos. O carro rodou.
Saí pra respirar e tentar entender o que tinha acontecido. As duas portas da lateral direita estavam amassadas. Vidros quebrados. Marcelo saiu pela porta do motorista. A mulher no carro atrás de mim quis ver os meus documentos. Era sargento e adiantou o processo, chamando a polícia.
A moradora da casa na outra esquina me trouxe um copo de água, o cara da caminhonete disse que errou. Errei também. Eu, que acho que entendo de trânsito, que falo de direção defensiva, que digo que sei ler o trânsito, bati o carro. Botei em risco a vida do Marcelo.
Quando a polícia veio, percebi que havia placas PARE em três esquinas, sendo que nenhum de nós estava na preferencial.
De tarde, fomos na Reitoria. A primeira notícia era que o gabinete de crise enviado pelo MEC tinha ido embora. O rumor era que tinham sido mandados embora pelo Comando de Greve.
Logo em seguida chegou a vice-reitora, comunicando que o Reitor tinha entrado em férias por 15 dias e que a partir de amanhã ela estava no exercício da função de reitor.
Durante a reunião, foi esclarecido que a comissão do MEC tinha ido por conta própria, depois de longas reuniões com representantes de todas as partes: professores, alunos e pró-reitores. Voltariam.
Toca o telefone da vice-reitora e ela informa que o pedido de férias do reitor tinha sido cancelado. No entanto, ele estava se deslocando para um reunião com outros reitores, para pedir que o apoiassem.